Em primeiro lugar gostaria de defender que toda animação pode ser para adultos. Eu não considero que tenha chegado ainda nessa fase mas mesmo nessa fase de transição continuo adorando porém agora assisto com um olhar um pouco mais crítico.
No ano passado soube do lançamento de "Divertida Mente" e realmente fiquei muito animado com isso,uma vez que, filmes da Pixar são sempre muito bem-vindos. Além disso os roteiristas usaram uma ideia nem tão original mas ainda pouco explorada e a desenvolveram com seus toques de humor e a magia que só a Disney tem. Mas confesso que antes de assistir não esperava ver tantas coisas que vi e pensava que o filme seria bem bobinho.
No geral,ela é uma animação muito bonita com personagens muito diversos,dando grande destaque para as emoções da protagonista Riley. Mesmo com a presença das emoções de outras pessoas no filme essas conseguem se sobressair sendo quase que únicas. O roteiro - indicado ao Oscar de "Melhor roteiro adaptado" - é uma verdadeira obra prima,digno da premiação. Apesar de ser um roteiro muito simples que agrada o público infantil também permite as mais diversas interpretações e teorias envolvendo psicologia e relações sociais.
Ademais o filme é realmente emocionante. Você realmente torce pros personagens e se desespera quando as coisas parecem estar indo de mal a pior. Recheado de cenas emocionantes e bem idealizadas o filme é entretenimento certo tanto para crianças quanto para adultos. E se você ainda não viu faça um favor a si mesmo e assista!
Avaliação do Gigante: Filme perfeito,redondo e divertido. Nota 10 sem medo.
ATENÇÃO ! Agora tentarei esmiuçar um pouco do roteiro,contendo Spoilers ! Leia por sua conta e risco.
Refrescando a mente dos esquecidos,o filme conta história da Riley e de suas emoções que "controlam" suas ações. Cinco foram escolhidas pro filme: Alegria,tristeza,medo,raiva e nojinho.
Em primeiro lugar eu gostaria de contar pra você que não percebeu que nojinho não é uma emoção Nojinho nada mais é que uma metáfora para,pasme você,a sexualidade da Riley. Isso fica quase imperceptível por ser uma criança mas numa análise mais criteriosa você pode perceber pelos traços de desenvolvimento feminino nela e todos os anseios da personagem.
Também vale citar a terrivelmente triste parte onde a Alegria e o amigo imaginário da Riley caem no esquecimento. O que pude abstrair disso é que seria uma metáfora para um possível estágio depressivo da menina encadeado pela mudança de sua vida. No momento em que ela quase esquece a Alegria isso fica muito claro quando somada a todas as ações radicais tomadas pelas outras emoções e a predominância da tristeza "desastrada por instinto". Acho que isso serve pra mostrar a necessidade da coexistência das emoções,como mostrado no fim do filme fazendo com que ela atinja a puberdade e não dependa só da alegria para a felicidade. É como uma vez disse Hélio Leites:
"A tristeza,de certa forma,é boa. Ela permite ver coisas que a alegria não deixa."
E ai ? Gostou do texto ? Comente aqui embaixo qual deve ser o próximo filme.
Atenciosamente,Gigante Gentil.
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