A grandeza de um homem não se mede por sua altura,mas sim pela grandeza de suas palavras.

domingo, 27 de novembro de 2016

Existe remake de qualidade sim! - The Producers (2005)


Grande parte de meus conhecimentos cinematográficos e artísticos em geral foram transmitidos a mim por meu pai. Ele quem me dava e até hoje me dá as melhores indicações de filmes seja por carga intelectual relevante,seja pela qualidade da produção ou simplesmente por ser uma obra engraçada e divertida. Não sei ao certo em qual desses critérios eu poderia encaixar "The Producers" que,evidentemente,também foi uma de suas fantásticas indicações e que parece somar todos esses aspéctos.

Ao recomendar o filme ele fez um adendo para que eu assistisse a versão de 2005 que,apesar de produzida por Mel Brooks tal qual a de 1968,é um remake.Conta com alguns atores de renome mas que não se comparam aos da versão anterior - com ênfase no recém finado e brilhante Gene Wilder -.E,convenhamos,nosso primeiro olhar sobre qualquer remake é desconfiado sempre pensando que será inferior comparado a primeira produção. Ademais,não é qualquer pessoa que se sente atraída por musicais.

Contudo,o remake de "The Producers" me surpreendeu de forma incrivelmente positiva. É um filme que corre de maneira fluida e que não requer muitas explicações,como deve ser qualquer musical que se preze. Mesmo com muitas músicas e falas repetidas da primeira versão,o filme se renova de uma forma assustadora. O elenco também causa uma boa impressão. Mattew Broderick e Umma Thurman se reinventam com papéis que divergem de seus trabalhos anteriores sem perder a qualidade da atuação. Nathan Lane e Will Ferrel interpretam personagens com traços semelhantes a alguns anteriormente representados por eles passando um novo aspecto,mas que,aos olhos de alguns,pode ser visto com um ar "canastrão" bem típico dos personagens podendo,dessa forma,desagradar certo público.

O enredo também é de qualidade. Em resumo, Max Byalistock (Nathan Lane) e Leo Bloom (Mattew Broderick) descobrem que podem,ao fazer um péssimo musical na Broadway que feche na noite de estréia,ganhar mais dinheiro do que se conseguissem fazer um espetáculo de sucesso. Sob essas circunstâncias eles tentam produzir o pior musical da história para enriquecerem com seu esquema fraudulento. Não é complexo,mas cumpre seu papel e apresenta acontecimentos inusitados que dão excelentes toques de humor ao filme com piadas não forçadas e muito bem inferidas no contexto.

As músicas do filme são de uma qualidade absurda dotadas de uma incrível instrumentação e letras muito boas que dão espaço a coreografias - mesmo que algumas sejam mais simples -.Mesmo assim,os que apresentam repúdio por musicais podem se incomodar com alguns diálogos cantados que se tornam uma canção, muito típicos nesse gênero.

O filme é inegavelmente fantástico que ajuda a tirar o estigma de que o remake de uma produção cinematográfica sempre será ruim ou inferior ao anterior. Na minha insignificante opinião,a versão de 2005 é superior e mais divertida que a de 1968.

Avaliação do Gigante: Um dos melhores musicais que já assisti.Talvez o melhor.Mas vou atribuir nota 9 pelo o que foi citado anteriormente e pelo filme ter uma verdadeira cara de peça teatral,algo que não reduz sua qualidade mas que pode causar estranhamento para alguns dos cinéfilos "conservadores". Uma experiência leve e agradável.

Gostou da crítica ? Comente aqui em baixo qual deve ser o próximo filme avaliado

Atenciosamente,Gigante Gentil


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